terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ruas da Amargura

"Ruas da Amargura" é um filme/documentário português sobre a pobreza e os sem abrigo nas ruas de Lisboa, em exibição em circuito comercial apenas em cinco cinemas.

Não é a história do coitadinho, não é uma lição de moral... São, acima de tudo e antes de mais, pessoas! Pessoas com vidas e vidas com pessoas. Histórias, percursos, vivências, reflexões. Vidas que se tranformaram de diferentes formas, que reconhecem o seu percurso, que o assumem e que tentam (ou não) retomar trilhos perdidos...

Dá que pensar a frontalidade com que são assumidas as opções, a consciência de caminhos tomados, a lucidez esclarecida dos pensamentos...

O trailer está disponível no YouTube, mas, pessoalmente, não acho que seja um bom reflexo ou apresentação do filme. O trailer parece a montra do pobrezinho ou o desfile das desgraças. O filme vai muito além disso pois torna-nos familiares desses "coitadinhos" do trailer que afinal têm vida e histórias de vida.

Queria deixar-vos com "La Bohème" - porque sim! vejam o filme! - e nas buscas de um vídeo encontrei uma versão nossa, pela fadista por Mafalda Arnauth. No entanto, não a consigo publicar aqui, por isso ouçam no imeem.

cartaz

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

FIMP - Porto

O FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto - está de volta às ruas e aos teatros, este ano centrado na Cordoaria. É a magia do teatro de marionetas, mas também da música, da dança e do novo circo.


A começar hoje e durante uma semana, para uma escapadela no fim do trabalho ou um programa diferente depois de jantar, o FIMP traz-nos espectáculos para todos os públicos em espaço livre ou plateia fechada, em pequenas apresentações ou espectáculos mais elaborados.

domingo, 30 de agosto de 2009

Festa do Avante - Seixal

O espaço é qualquer coisa entre uma mega Queima e uma mini Expo nacional. Amplo, com pavilhões montados representando cada distrito do país. Mostra-se a cozinha, o artesanato, as musicalidades e as gentes de cada terra. Num formato mais reduzido, há também a representação internacional de países essencialmente com uma presença comunista activa. Há ainda alguns pavilhões temáticos, espaços de feira e, claro, os palcos espalhados por todo o recinto, cada um com a sua "função". Tudo isto vai sendo acompanhado de espaços relvados e algumas sombras onde se pode sentar e desfrutar ou apenas descansar.


“A vida são dois dias e o Avante são três” lia numa t-shirt. É isso mesmo. Alegria, diversão, companheirismo, uma mescla de diferenças ultrapassadas por três dias em que somos todos “camaradas”! É que somos mesmo - o “camarada” não é só um mito! Destaco também a organização, cooperação e esforço por parte dos que realmente lá trabalham nesses três dias e no mês que os antecede. E, com o aproximar da noite, não vou dizer que não se bebam uns copinhos a mais, mas até em estado ébrio não se perde o espírito. É que, em vez de lhes dar para a parvoeira e para o disparate gratuito, dançam atrás das gaitas de foles e dos tambores ou cantam de volta de uma mesa sempre bem regada...

E tudo isto é o Avante... uma espécie de micro-mundo limitado no tempo e no espaço onde ainda podemos ser idealistas! É claro que é assumidamente uma festa política, mas, em querendo, e sem grande esforço, a politiquice pode passar-nos completamente ao lado.

Nota: E não, não se comem criancinhas ao pequeno almoço!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Noites Ritual Rock - Porto

Esta semana temos mais uma edição das Noites Ritual nos jardins do Palácio de Cristal (Porto), com entrada é livre (à semalhança do ano passado).


Em época de festivais, este apresenta-se com um conceito diferente: dois palcos que se completam sem concorrerem entre si. Em cada uma das duas noites, seis grupos actuam alternadamente no palco principal (mais mediático com os nomes "maiores"), montado no "átrio da entrada", e no Palco Ritual (mais alternativo com novos projectos), que ocupa a concha acústica do jardim. Enquanto num palco se toca, no outro fazem-se as montagens do material para o grupo seguinte, o que elimina, por completo, os tempos mortos de espera entre bandas, e cria uma espécie de romarias de um palco para outro. A envolvência nocturna do jardim é também um ponto a favor. Quanto ao cartaz, prima - digo eu! =) - por ser, sempre, 100% português. Fotografia e projecções acompanham ainda paralelamente este evento musical.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Flash Project (p725)

Apesar de me parecer um evento organizado por potenciais gunas para fazerem "captação" de equipamento fotográfico aqui fica a dica para a missão p725:

A Mission p725 é a primeira missão do Flash Project e irá decorrer no Porto (p) no dia 25 de Julho (725), ás 24h na ponte D.Luis. O encontro será a partir das 23h em frente ao Palácio da Bolsa.
Fonte: http://flashproject09.blogspot.com/

Parece-me uma destas modas de agrupar perfeitos desconhecidos com uma paixão comum através da internet Mas pode valer a pena se tiverem uma maquina digital profissional para gabar ou simplesmente uma classica camara com um rolo de 28 fotos.

Aqui fica a sugestão.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

rewinders

despertar o sótão nasceu há pouco tempo e é uma organização sem fins lucrativos que pretende estimular culturalmente alguns espaços esquecidos do Porto. O primeiro evento — «rewinders» — já está agendado para 18/Julho (sáb), pelas 21h30, nos espaços JUP (Rua Miguel Bombarda, nº. 187) e apresenta-se assim:
Uma primeira parte que contará com diversas surpresas. A meninice estalará, certamente, entre um delicioso teledisco, alguns anúncios e desenhos animados. O filme é para se (re)ver em conjunto: AEROPLANO!

Por fim: a banda sonora das três últimas décadas a juntar ao bar com bebidas a preço baixo pela noite dentro, dá o mote para toda uma noite de conversa.

E se a entrada é gratuita, por que haveria de faltar?



cartaz

domingo, 12 de julho de 2009

Uma Casa Portuguesa na Casa da Música

A Casa Portuguesa da Casa da Música (Porto) está de volta, este ano em formato alargado (de 8 Jullho a 2 Agosto) miscigenado com o Verão na Praça. O tema da temporada 2009 é o Brasil, que assim se junta a esta portugalidade.

Faz dois anos que Casa Portuguesa saiu à rua e montou arraiais na Praça. Frio... muito frio fez na altura. No ano passado, voltou para dentro de portas. Este ano está de novo na Praça, mas com um pequeno mimo: distribuição gratuita de mantas da Super Bock! Fiquei maravilhada - é que ali à noite faz mesmo frio! Um agradecimento sincero à organização e ao patrocinador. Resultado final: uma plateia toda coberta pelo vermelho das mantas. «Uma gracinha!» - dizia um dos convidados da noite. «Assim nem é preciso perder tempo a escolher a roupa para vir ao concerto» - dizia a senhora tia ao meu lado.

Entrando pela Casa propriamente dita, na 5a feira assisti a:

- Pauliteiros de Miranda: a tradição portuguesa que teima em não desaparecer. Lhaços tocados por duas gaitas (surpreendentemente, abrindo com uma mulher a tocar!), uma caixa e um bombo, dançados pelos oito bailadores (homens), acrescidos de uma dança mista com uma quadrilha de pares a bailar o Repasseado. Apresentações com algumas explicações dos nomes, temas e parte das letras mirandesas, pena não ter sido integralmente em mirandês - lembranças dos Galandum (que estão a tocar esta noite na Praça)...


- Hamilton de Holanda (quinteto) : um jazz chorado, um choro jazzado, com muita sonoridade à mistura. Não conhecia, fui no escuro, mas foi uma boa aposta. Visual descontraído, conversa apaixonada de brasileiro irmão. Em palco o bandolim (de 10 cordas) de Hamilton, uma harmónica, uma guitarra, um baixo e uma guitarra. Na espectativa dos primeiros momentos, sou surpreendida pela sonoridade do jazz - sinceramente não estava à espera. O bandolim e a harmónica não faziam parte do meu universo jazzístico - como eu sou ignorante... Gostei! Uma vez que a Casa é Portuguesa, aos convidados estrangeiros é pedida uma interpretação de um tema português: Hamilton tocou a solo no seu bandolim Serenata de Carlos Paredes e, em colaboração com a percussão de Naná Vasconcelos, Canção do Mar celebrizada por Dulce Pontes.
Hamilton de Holanda volta a Portugal no fim do ano (4/Dez) para tocar em Lisboa com Richard Galliano - uma combinação que promete!

Quanto à Casa, continua a dar música até ao fim do mês, com o meu (pessoal, claro!) destaque para Galandum Galundaina (hoje à noite) e Laginha e Sassetti (dia 25). Os bilhetes variam entre os 10€ e 15€, havendo um passe de 30€ para quatro concertos à escolha.

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